terça-feira, 29 de novembro de 2016

A nossa leve e momentânea tribulação

Breve chegará o dia em que Cristo Jesus, a nossa esperança, nos levará para morar ao seu lado  no Lar Eterno.  Ansiamos deixar a nossa casa terrestre para habitarmos nas moradas eternas construídas pelo próprio Deus para os seus filhos. Quando será esse dia, não sei dizer. Contudo, tenho plena convicção que será em breve. Todavia, enquanto não chega esse dia, continuamos aqui, peregrinando alegremente nessa terra que não nos pertence.
Uma coisa que não há de nos faltar aqui no mundo é sofrimentos, aflições e tribulações. Não, o cristianismo não nos isenta dos sofrimentos daqui. É certo sim, que todo cristão sofrerá de alguma forma, e principalmente, aqueles que querem viver piedosamente:
''De fato, todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos'' (1Timóteo 3.12, NVI)

Milhões de irmãos em Cristo, ao redor do mundo, tem sofrido com a perseguição religiosa. Os mesmos são impedidos de professarem publicamente a sua fé e, se o fizerem, recebem sentença de morte. Milhares, neste momento, estão presos e sob tortura culpados por serem cristãos; com esses, temos que sofrer como se estivéssemos aprisionados com eles (Hebreus 13.3). A morte foi a recompensa de muitos servos de Deus por não negarem a fé, mas, mesmo no sofrimento e padecendo muitas dores, esses servos de Deus preferiram morrer a negar a Cristo. A perseverança desses servos, até mesmo em meio às muitas dificuldades os fizeram vitoriosos. Hoje, eles se encontram descansando nos braços do Pai, no Seio de Abraão, aguardando a ressurreição do corpo. Somos muitos confortados em saber que nenhum sofrimento terreno se compara com a glória que viveremos no nosso Lar eterno; a glória que viveremos no céu pesa muito mais do que qualquer sofrimento terreno.

O que falar das doenças e enfermidades que assolam o nosso corpo? São dolorosas, e só o nome de algumas nos aterrorizam. Milhões de pessoas no mundo, incluindo cristãos dedicados, estão em um leito hospitalar padecendo com enfermidades. Quem disse que cristãos dedicados estão livres de contrair doenças? É claro que não estão. Um cristão está sujeito a morrer da mesma forma que um ímpio morre: infartado, com AVC, com câncer, afogado, queimado, com bala perdida, atropelado, assassinado, etc. A nossa casa terrena (corpo) se desfaz a cada dia, ele envelhece, enfraquece; e chega um dia em que ela não aguenta e perece. A Palavra afirma que fomos feito do pó e é para lá que um dia retornaremos (Eclesiastes 12.7). Se não for pelo arrebatamento, todos os cristãos que estão vivos passarão pela morte, não tenha dúvida disso. 

Muitos cristãos hoje, convivem com enfermidades indesejáveis em seus corpos, como: pressão alta, diabetes, enxaquecas; outros estão lutando contra o câncer, aids, e outros tipos de doenças mais graves e incuráveis. Mas essas enfermidades, por mais dolorosas que sejam, são transitórias, elas não são eternas e não durarão para sempre. Nem mesmo tais enfermidades podem nos separar do amor de Deus. Elas nos fazem mal, choramos por causa delas, sentimos dores e, às vezes, podemos  até parar em um hospital carregado pelos braços de outras pessoas quando somos violentamente atacados por essas doenças. Não estamos livres disso. Entretanto, nos alegremos, pois esses males que nos assolam são momentâneos e jamais poderão atingir o nosso espírito.
''Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia'' (2 Coríntios 4.16).

O justo passa por muitas aflições, dores, perseguições e sofrimentos. Mas nenhum sofrimento terreno se compara com glória inefável que os santos desfrutarão no céu, ao lado de Cristo. As nossas tribulações são leves e momentâneas, e em tudo somos mais do que vencedores. O que vemos e o que podemos tocar é temporal, vai passar, vai desvanecer; mas o que não vemos, é eterno. A Escritura diz que é nas coisas eternas que temos que focar os olhos, e não nas que vemos. 
Não desanime se você está passando por alguma situação difícil, como morte na família, enfermidades corporais, ou qualquer outra situação que lhe cause tristeza e sofrimento. Continue no caminho da perseverança sem desfalecer e entenda de uma vez por todas que não estamos livres dos sofrimentos. O fato, é que não estamos sozinhos e nem desamparados, Cristo está conosco. E, em meio ao sofrimento, Ele não nos abandona, pelo contrário, somos revestidos de forças para enfrentarmos sem temor os dias maus, confie. 

''Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente''. (2Coríntios 4.17)

- Priscila Gomes da Silva

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O Caminho mais Excelente

''Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine'' (1 Coríntios 13.1)

Em sua segunda viagem missionária, o apóstolo Paulo funda a igreja em Corinto. E em meio a sua terceira viagem missionária, o mesmo recebeu notícias sobre o estado em que tal igreja se encontrava. Lá, estava sendo tolerado diversos tipos de pecados, como imoralidade sexual, divisões, contendas, litigio entre os irmãos, luxúria, desordem no culto, e outros tipos de pecados.

Alguns membros da igreja de Corinto se deixavam dominar pelo orgulho, e muitos deles se achavam sábios aos seus próprios olhos. Paulo entendia que eles não estavam aptos para receber alimento sólido pois eram ainda carnais, como crianças na fé. Sendo assim, Paulo os alimentava com ''leite'', pelo fato de não terem alcançado, até aquele momento, maturidade espiritual suficiente para serem alimentados com comida sólida. Corinto, sem dúvida, era uma igreja fervorosa, mas não espiritual. Existia ali, muitos que se diziam crentes em Cristo, contudo, continuavam na imundícia, cometendo pecados gravíssimos. Muitos, por falta de entendimento, continuavam frequentando os templos pagãos; continuavam se prostituindo, e comiam alimentos sacrificado aos ídolos, etc. 

O interessante é que a igreja de Corinto possuía todos os dons espirituais. Entretanto, não possuíam os frutos do Espírito, que por sinal, são mais importantes. Do que adianta sobejar em dons se eles não são usados com o propósito de edificar o corpo de Cristo? Pois a finalidade dos dons não é outra senão a edificação da Igreja.
Então, o que mais faltava na igreja de Corinto, além da falta da verdadeira conversão, da sabedoria e entendimento espiritual? O amor. Faltava o amor genuíno, principalmente para com o próximo. O amor é a base de tudo; de nada adianta ter diversos dons se eles não são exercitados com caridade, ou seja, com o amor em ação. 

O amor genuíno se revela com atitudes e ações, não apenas com palavras. No nosso dia-a-dia, precisamos praticar o amor para com o nosso próximo, não somente para com aqueles que professam a nossa fé, mas também com aqueles que não professam. Se não temos o amor, somos como o metal que soa e como o sino que tine, ou seja, barulhentos, mas vazios e ocos por dentro. Sem amor não somos nada aos olhos de Deus; sem o amor de Deus derramado em nosso coração a nossa declaração de fé é mentirosa, sem proveito algum.

Em tudo, precisamos ser parecidos com Cristo, a fim de que a nossa luz brilhe neste mundo de trevas e Deus seja glorificado.

O amor é sofredor, ele suporta os danos. O amor é benigno, vence o mal com o bem. O amor não é invejoso, não sente desgosto ou raiva em relação aos outros. O amor não se porta com indecência. O amor não é interesseiro. O amor não suspeita mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.

Estão aí as características do amor. O amor é o maior de todos os dons e, foi distribuído a todos nós, cristãos. Para um cristão, praticar o amor não é opção, é uma ordem! Jesus mandou que os seus discípulos amassem uns aos outros como ele havia-os amado (Jo 15.12); esse mandamento se estende  a todos os cristão do mundo. Quem não ama o seu semelhante, conforme escreve o apóstolo João, está em trevas.
''Aquele que diz está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas'' (1Jo 2:9)

O que muitos não sabem, ou fingem não saber, é que não é possível amar a Deus sem amar o irmão; não é possível ter comunhão com Deus sem ter comunhão com o irmão. Nada se compara ao amor; é esse caminho mais excelente revelado nas Escrituras. Definitivamente, todo cristão genuíno precisa ter essa virtude. E enfim, O amor deve ser a base para o exercício dos dons espirituais, porque sem o amor, nada disso tem proveito algum.

Priscila Gomes da Silva